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Nepal, 2010

a travel blog by entretantos


Perdi o medo ao frio e venci a saudade da praia. Tres semanas no tecto do Mundo para refrescar ideias e estimular a eritropoiese...
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Momos e buzinas

Kathmandu, Nepal


Pois bem... depois de umas horas em Paris e uma passagem pelo aeroporto de Oman, cheguei ao local de colisao das placas tectonicas euroasiatica e indoaustraliana. Ha uns 60 milhoes de anos estas ilhas espetaram-se uma na outra com um estrondo que se projectou a mais de 8800 metros de altitude. A sul do local de impacto estabeleceu-se uma nacao que resistiu (ao contrario dos vizinhos tibetanos) aos avancos das potencias vizinhas.

- Curiosidades -

O Nepal e' a sumitica fatia de fiambre ensanduichada entre os dois paises mais populosos do mundo.

A populacao e' o triplo da portuguesa; a superficie e' cerca de 50% maior que a nossa.

O fuso horario e' GMT + 5 horas...e 45 minutos!?!?!?

Dez das catorze montanhas mais altas do mundo estao aqui.

O hinduismo e o budismo sao seguidos por mais de 90% da populacao.

Ha mais de 100 etnias e idiomas. Dominam as fisionomias mongois e hindus.

No meio desta gente sou um gigante.

O Joao Garcia perdeu aqui o nariz.

O yeti (tambem conhecido como o abominavel homem das neves) e' uma criatura meio humana, meio animal que habita os Himalayas. A cada passo ha' relatos de aparicoes do bicho ou das suas pegadas. Provem que nao existe...

Em Kathmandu ha um restaurante onde podemos comer de borla o resto da vida...se atingirmos o cume do Evereste.

Tambem ha um altar dedicado ao dente dorido...onde milhares de moedas pregadas concerteza ajudaram a resolver males odontologicos... Intriga-mse porque e' que dezenas de dentistas montaram consultorio mesmo junto a essa secular concorrencia...

Ha 9 anos, um principe bebado matou a (sua) familia real em peso e matou-se de seguida (nao havendo testemunhas vivas, este e' o suponhamos da questao). Consta que por amor...

Desde entao, uma serie de desgovernos levaram 'a queda da monarquia e 'a inedita (em toda a historia da humanidade) conquista democratica do poder pelos comunistas. Como e' que um regime tao justo e' tao pouco compreendido pelos eleitores!? (amigos kamaradas, desculpem a observacao) ;)

Por 100 rupias nepalesas (pouco menos que um euro) jantei e paguei esta meia hora de internet.

A optimus e a vodafone nao tem acordo de roaming com o nepal. Sei que estao todos ansiosos por comunicar comigo. ;) Facam-no por mail.

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Voltarei a dar noticias ASAP, com as primeiras impressoes (e uma ou duas fotos

PS: momos sao uns pasteis de massa fresca OPTIMOS e as buzinas...um vicio desta gente.

permalink written by  entretantos on November 21, 2010 from Kathmandu, Nepal
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Primeiras impressões

Kathmandu, Nepal


Acabei de chegar a Pokhara, mas ainda não tenho assunto sobre esta terra. Estou no sopé do Annapurna; antes de anoitecer ainda deu para um vislumbre desse monstro de pedra e neve, pelo meio das previsíveis nuvens. Parece que o céu encobre invariavelmente lá para o meio da tarde. Toca a aproveitar as manhãs...

Coisa que não tenho feito. Nos dois primeiros dias paguei ao sono as horas que lhe devia, usando os fusos como me convinha: deitava-me pelo de cá e acordava pelo daí. Deu para recuperar energias antes da viagem de hoje: 9 horas de autocarro pelas imprevisíveis estradas do subcontinente...para cumprir 190 km! Mas enfim, a adrenalina é uma constante. A alternativa era um vôo de 50' até uma pista mal asfaltada entre montanhas mais altas do que a pobre avioneta consegue subir. Preferi manter os pés na terra.

Kathmandu surpreendeu-me pela positiva. Sem perder o encanto labiríntico das zonas históricas das cidades indianas, é muito mais limpa e os habitantes menos invasivos. Claro que não deixam de perguntar se queremos "just look" na loja deles, um "shoe shining" ou um rickshaw. Mas desistem ao segundo ou terceiro não (ao passo que os vizinhos... :/).


Foi fantástico juntar-me à enorme massa de gente, motas, carros e animais que preenchem as ruas estreitas, circulando a um ritmo bem lento (na perspectiva do automobilista). Nestas paragens, é o que basta para sermos surpreendidos com fenómenos curiosos, recantos paradisíacos ou templos dourados.

Só os macacos que habitam os telhados da cidade descobriram uma forma de se deslocar sem enfrentar essa confusão.

Fiquei instalado em Thamel. Para quem já esteve em Bangkok, é uma versão mais pacata de Khaosan Road. Muitos turistas, hotéis, restaurantes e imenso comércio. Mas menos freaks e nada de poucas vergonhas. ;) E, desde que os maoistas estão no poder, tudo fecha às 23h.

Equipei-me, para suportar os rigores da montanha, com material "same same" (contrafacção) do melhor que há. Vamos a ver se sobrevive à primeira utilização...

Estes locais de convergência de estranjas facilitam o contacto e a troca de experiências. Já tenho um parceiro para o trekking. Um holandês de 26 anos que tem aquele estilo de vida que me mata de inveja: trabalha de Abril a Setembro e viaja durante os frios e escuros meses do inverno europeu. Ontem estivemos na "noitada" até à 1h, dentro de um bar/restaurante que fecha as portas mas mantém a animação. Juntaram-se um casal de ozzies, um romeno e mais três holandeses (de onde apareceram tantos?). O romeno, um postal com aspecto de motard e em viagem há uns anos, acabou por tomar conta da cozinha depois de apostar que ia criar o momo de Bounty. Não se ficou por aí, e com a complacência dos simpáticos nepaleses lá foram saindo momos de Mars, de Twix, de Lion... :)

Espero voltar a escrever antes do trekking e deixar aqui uma foto do Annapurna I. Quinta ou sexta abalo monte acima. Mas primeiro convém decidir para onde e por onde.

Beijos! :)

permalink written by  entretantos on November 23, 2010 from Kathmandu, Nepal
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Preparativos

Pokhara, Nepal


(por algum motivo este post não foi publicado quando o escrevi, há 10 dias...)

Tudo a postos!

Nos próximos dez dias vou gastar solas para o parque natural de Annapurna. Serão perto de 200 km, com muitas subidas e descidas (um dos dias inclui uma ascensão de 1500 m e uma descida de 1000...). Não devo passar dos 4500 m de altitude, pelo que conto regressar com nariz e dedos. Só à noite as temperaturas atingem valores proibitivos (-15ºC)...

Mochila reduzida ao essencial: uma muda de roupa Interior vai ter que dar para dois dias; casaco quente; cantil e pastilhas de desinfecção de água; mapa e gps; e o ipod e um livro (On the Road).

Hoje foi dia de treinos! :) Uma caminhada de 10 km até à World Peace Pagoda para testar as canetas. Apesar de já terem conhecido melhores dias, ainda estão aí para as curvas... As fotos ainda não estão no pc, pelo que não vou poder partilhar a imponência das montanhas.

Pokhara é o centro de toda a actividade de Aventura na região: trekking, rafting, parapenting, etc. Tem dezenas de hostels, restaurantes internacionais com wireless e guesthouses simpáticas. Está repleta de turistas - e estamos a entrar na época baixa. Não se está mal por aqui, mas estou ansioso por começar o trekking! ;)

Não sei qual será a disponibilidade de internet ao longo do percurso... há pelo meio algumas terras mais populosas e turísticas, por isso pode ser que dê notícias antes do regresso - que demorará 30', se for de "avião", ou 10 horas, se de autocarro (dá uma grande volta...).

Até já!

permalink written by  entretantos on November 24, 2010 from Pokhara, Nepal
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Trekking no Annapurna

Kagbeni, Nepal


(mais um post que ficou na gaveta desde que o escrevi, há 3 dias)

Namaste!

Mesmo na fronteira com o reino proibido de Mustang (ainda assim, $150/dia menos proibido do que o Butao) escrevo-vos um Ponto de situacao muito curtinho, que vem teimando em coincidir com as falhas de luz. ;)

Quarta tentativa:

Ha 7 dias por entre montanhas, leitos de rio e povoacoes minusculas no meio de vales imensos. Deslumbrante.

O percurso foi encurtado porque as etapas sao mais exigentes do que eu pensava: as travessias de rio sao sempre no fundo dos vales, por pontes suspensas. Mais do que uma vez foi preciso descer mais de 1 km de altitude para voltar a subir ate' 'a aldeia seguinte. Os primeiros dias foram extenuantes, mas entretanto recuperei uma forma fisica capaz de lidar com as demandas. Nada como chegar 'a estalagem e beber um cha de masala a acompanhar a tarte de maca, em volta do fogo. :D

Depois de retemperado, um passeio pela aldeia, jantar as 18h e deitar 'as 20h para ler um pouco. Porque no dia seguinte e' sempre para acordar ao nascer do sol, encher o bucho e partir.

As paisagens indescritiveis, e esta terra e' sem duvida a mais fotogenica ate ao momento. Quando voltar para Pokhara (num voo de 20' desde Jomson a 4 de Dezembro que permite evitar um dia inteiro em autocarros infernais) escrevo uma descricao mais pormenorizada ilustrada com fotografias.

O Menno tem-se revelado um companheiro de viagem impecavel: esta' sempre tudo bem. Com bom humor e' mais facil levantar os joelhos nas (por vezes desesperantes) subidas. A minha maquina fotografica emperrou... :( mas tem dado para usar a dele.

Mais dois dias de trekking antes de voltar a comunicar. Quem quiser alinhar numas caminhadas no inverno tuga, que se va preparando porque eu ja estou em forma ;) Alem do mais, nao fumo ha uma semana :D

Espero que esteja tudo bem, com todos.

Beijos e abracos

permalink written by  entretantos on December 1, 2010 from Kagbeni, Nepal
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Que frio!

Muktinath, Nepal


A última etapa da ascensão. 1000m trepados entre duas terras que distam uma da outra cerca de 10 km em linha recta. Cumpridos em ziguezagues monte acima, claro... Agora na companhia de dois bacanos (a Jacquelyne e o Adrian) de Brisbane e respectivo guia, o Dipesh (um personagem...).

A paisagem mudou completamente...a aproximação aos 4000m faz-se por montes bem mais áridos (Marte deve ser parecido), e com uma proximidade assustadora a estes gigantes de neve. O vento começa a fazer-se sentir. Valha-nos o imaculado céu azul...

Durante o dia só se está bem a caminhar; quando o sol se põe, os -10ºC exigem muitos casacos e proximidade do fogo até à hora de recolher ao saco-cama (provavelmente a melhor compra da minha vida...).

Mas, como as férias são curtas e o frio já é demais, isto vai ter que levar uma volta: vou para a selva. Mais precisamente, para o Parque Nacional de Chitwan, na fronteira com a Índia.
O regresso à Terra que eu conheço começa já amanhã: 20 km (e 2000m de altitude) monte abaixo até Jomson, de onde espero conseguir voar até Pokhara depois de amanhã, para um ou dois dias de ócio, laundry, pakoudas, momos, tacos, lassis e chás...

Na falta de coincidência com celebrações locais, deu para presenciar hoje o Hannukah de alguns israelitas e de um Americano judeu muito boa onda, mas que viu em mim um enorme potencial espiritual ;)
Isto depois de há uns dias ter lucrado uma fatia de bolo com o Thanks-giving de um peculiar quarteto de San Francisco :D

permalink written by  entretantos on December 2, 2010 from Muktinath, Nepal
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"Hot shower" como deve ser e recarregar baterias

Pokhara, Nepal


Um aeroporto caseirinho a 2100m de altitude, no fundo de um vale profundo (mas Largo) que de cada lado ostenta picos com mais de 8000m. Um bimotor da Tara Air, com 24 lugares. O céu limpo.

Descolagem na direcção oposta (terão? os seus motivos), guinada para a direita passando a ter o Annapurna II bem perto da janela da frente do cockpit sem porta, guinada para a esquerda de forma a comprovar que a brecagem do aparelho permite os 180º dentro do vale. Impecável a descolagem como todo o vôo. A paisagem: de cortar a respiração, lá em baixo, dos lados e nos 4000m acima da rota do avião. Eram infundados os receios criados pelo enquadramento geográfico de um aeroporto de um só balcão de check-in, um só portão e una pista de 1km. Onde, enquanto aguardava o embarque, assisti ao episódio cómico de 4 polícias perseguirem um cão que penetrara o "perímetro de segurança". ;)

Pokhara é o paraíso. Depois de uns dias árduos na montanha, os pequenos confortos sabem melhor do que nunca.

Os sistemas de aquecimento de água que se vêem montanha acima raramente permitem um banho condigno. Depois de um banho incrível fui fazer a barba e cortar o cabelo num desses barbeiros de rua. Habitualmente terminam com uma massagem da cabeça, mas sem eu pedir nada fizeram-me também massagem às costas que carregaram a casa de 8 kg durante os últimos 10 dias. E que bem que soube, mesmo que surrealisticamente levada a cabo comigo sentado na cadeira alta, debruçado sobre o balcão.
Já não me soube tão bem ouvir o patrão dizer que seriam 10€ em vez dos 1,5€ combinados. Mas aos poucos vou aprendendo a lidar com estas espertezas, e como o rapaz se esqueceu de perguntar se queria massagem extra acabei por sair de lá sem pagar mais do que o combinado...e uma gorjeta. Porque estou na Ásia. Onde a palavra e a honra valem.

Sem pressa para conhecer o país todo de uma vez (e a querer distância dos transportes públicos terrestres), vou aproveitar a sintonia que encontrámos e seguir viagem com o Menno, a Jaxx e o Adrian. Para começar, comer e dormir bem enquanto esperamos pelos ozzies, que preferiram ter uma opinião pessoal sobre a estrada da morte a desembolsar 60€ por meia hora de sonho...e vão demorar mais um dia (cheio de solavancos) a chegar...

permalink written by  entretantos on December 4, 2010 from Pokhara, Nepal
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Abelhas assassinas

Sauraha, Nepal


Muito brevemente porque se faz tarde...

...estou em Chitwan, um Parque Natural no sul do Nepal. Ou melhor, estou alojado na margem do rio que o delimita (lá dentro o alojamento é escasso, "caro" e resort-like). Dá gosto estar plantado à beira-rio, num em sossego, a ver passar a passarada, dar banho aos elefantes aguardar pelo ocasional crocodilo ou rinoceronte.

Hoje lancei-me à selva, para um trekking de um dia inteiro antecedido de 1 hora de canoa, rio abaixo. E ganhei-lhe respeito.
Pelas conversas prévias com o guia e pelo que o Lonely Planet adverte, estava preparado para fugir do rinoceronte ou do urso. Acabei por passar meia hora com a cabeça enfiada no mato à espera que um enxame de abelhas (enlouquecido com o ataque de um pássaro que colmeias) dispersasse. Não imaginam o zumbir infernal ou a nuvem que esses milhares de abelhas formavam...

Felizmente o nosso guia sabia (e soube) como reagir. Uma alemão não teve a mesma sorte...
Durante o raid das abelhas assassinas mas semi-desorientadas (que, nessa meia-hora, apenas me conseguiram picar uma vez), começa-se a ouvir um "help" repetido, vindo da selva mas cada vez mais próximo. O pobre fugia desesperado do ataque que também não o poupou. O guia dele, massacrado com as picadas, atirou-se às águas infestadas de crocodilos (e saiu de lá intacto). Ele entendeu por bem (e bem, a meu ver) não perder a cabeça. Safou-se com umas picadelas...
Uma experiência, num dia em que deu para ver em liberdade rinocerontes, um urso, macacos, crocodilos, ...

Belas histórias nos dão as viagens...

:D

permalink written by  entretantos on December 6, 2010 from Sauraha, Nepal
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tagged Nepal and Chitwan

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